terça-feira, 29 de setembro de 2009

Só nos saem cromos destes!


Correio da Manhã, hoje, 29 de Setembro:


29 Setembro 2009 - 12h24


Por burla, falsificação, branqueamento e associação criminosa


Detido ‘Príncipe da Transilvânia’


A Polícia Judiciária (PJ) deteve esta terça-feira um homem de nacionalidade belga, de 38 anos, que se auto intitulava ‘Príncipe da Transilvânia’, por suspeita de vários crimes de burla qualificada, falsificação de duas garantias bancárias no momento de 170 milhões de euros, branqueamento de capitais e de associação criminosa.


O detido já foi presente a tribunal e encontra-se em prisão preventiva.


A operação permitiu ainda constituir arguido um cidadão português e identificar dois cidadãos de nacionalidade espanhola.


A investigação, que remonta a 2006, iniciou-se após denúncia de duas entidades bancárias nacionais, por factos idênticos aos agora praticados, aquando da tentativa de ali serem negociadas duas garantias nos montantes de quinhentos milhões de euros e sessenta mil euros.


No âmbito da mesma investigação, um outro cidadão belga, co-arguido do ‘Príncipe’ tinha sido detido, tendo ficado também em prisão preventiva.


O esquema delineado pelos dois arguidos, de forma a sustentar a emissão das garantias bancárias, passava pela implementação, em Portugal, de uma fábrica de construção aeronáutica, inicialmente em Évora, depois em Arraiolos, Covilhã e finalmente em Ponte de Sôr.

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Mais um bocadinho de História...

Chegada de Pirro a Roma

Era uma vez um General grego que se chamava Pirro. Viveu entre 318 e 272 a.C. (como sabem, na época antes de Cristo -a.C.-, os relógios andavam para trás...)

Ora o bom do Pirro, sendo General e grego, era um dos maiores opositores de Roma e andava sempre às turras com os romanos. Era Rei de Épiro e Macedónia, e por isso votava no PPM lá da terra dele!

O pai de Pirro, Alexandre II do Épiro, morreu quando ele tinha dois anos. Tempos atribulados, portanto. Pirro foi chamado ao poder aos 17 anos mas foi logo destronado de seguida.

Para encurtar a história, o seu reino foi dividido, houve mais não sei quantas batalhas e Pirro acabou por ser prisioneiro de Ptolomeu I (sim, o do Egipto).

Nestas coisas da História, há tipos com muita sorte! Então não é que o bom do Pirro se viria a casar com Antígona, filha de Ptolomeu? Pois é, e como brinde reconquistou o seu reino de Épiro e, mais tarde, a Macedónia!

Mas não há bem que sempre dure e, por isso, o nosso amigo Pirro voltou a ser destronado por um antigo aliado, Lisímaco, que o expulsou da Macedónia.

Como isto já vai longo e ainda não cheguei onde quero, direi que Pirro, nos tempos seguintes, lutou bastante com os Romanos, tendo a grande vantagem de nunca ter sido confrontado com Asterix, Obelix e os irredutíveis Gauleses naquela pequena aldeia perdida na longínqua Bretanha!

Entre vitória e derrotas, Pirro lutou na Itália e na Sicília. Aqui, o seu carácter despótico e ditatorial fez com que as suas vitórias não fossem bem recebidas, vendo-se na obrigação de abandonar a Sicília e regressar à Itália.

Por terras de Berlusconi, o nosso amigo Pirro voltou a não ter muita sorte, sendo obrigado a regressar a Épiro.

Como general, as maiores fraquezas políticas de Pirro eram a falta de concentração e apetência para esbanjar dinheiro, uma vez que grande parte dos seus soldados eram mercenários, que naquela época não eram propriamente baratos!

A maior participação de Pirro para a História foi a expressão «Vitória Pírrica» ou «Vitória de Pirro», alusão à Batalha de Ásculo, que este venceu mas com um número enorme de baixas, considerando o número de combatentes na batalha.

Quando lhe deram os parabéns pela vitória, Pirro terá dito:

«Mais uma vitória como esta e estou perdido!»

Os inimigos Romanos só tiveram que esperar o natural enfraquecimento das tropas de Pirro para poderem vencer, expulsando o invasor de Itália e enviando-o de regresso a casa.

(Não sei porquê, ontem, ao final da noite, no rescaldo das eleições e ouvindo o nosso futuro Primeiro Ministro, lembrei-me de Pirro!)
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Ah, como nota de rodapé e para terminar, o General Pirro terminou os seus dias de uma forma um tanto ou quanto prosaica: numa batalha nas ruas estreitas de Argos (deviam ter uma fábrica de leite lá perto!), uma velha, no alto do seu telhado, atirou uma telha que caíu em cheio na cabeça de Pirro, atordoando-o. Caíu do cavalo e um soldado inimigo que passava por ali, olhou e disse «olha o General Pirro, vou acabar com ele» e pronto fim da história que hoje já chega!

(fonte: Wikipedia)

domingo, 27 de setembro de 2009

Eleições cá no concelho de Ponte de Sor...


E agora?

Bem, agora voltamos a ter encontro marcado para daqui a duas semanas!

Até lá, muitas promessas vão rolar:

* TACs (praí umas 5 ou 6...) para o Centro de Saúde,
* Cristiano Ronaldo para o Eléctrico,
* Michael Jordan para treinar os jovens do básquete,
* um metro de superfície,
* menos IMI (que foram os malandros dos comunistas que inventaram!),
* mais cartas «pessoais» do Presidente na caixa do correio, mais dizer mal do Amante e dos «outros»,
* a nova escola terminada com transparência (já encomendaram resmas de vidros...),
* proposta para o aeródromo municipal ser o Terminal 2 de Alcochete,
* a criação da Pinto Foundation, com escritórios em Cabo Verde e Roménia, dedicado a viagens e turismo, para terceira idade e outros autarcas,
* polo universitário de engenharia de campos de golfe...

Urge que todos os Pontessorenses estejam alerta! Urge dizer BASTA!!!

Urge separar o trigo do joio; estas eleições já não se vão tratar daquela gente que, em Lisboa, é responsável pelos destinos do país.

Não! As eleições que se seguem são com participantes que todos conhecem bem. Eles são bem conhecidos e, como muita gente diz, a obra de cada um fala por si!

Que não se deixem embalar pelo canto das Pitonisas, das sereias que por aí pululam. Estejam alertas, porque agora falamos do destino da nossa cidade, do nosso concelho!

E se no dia 11 de Outubro insistirem em dizer que, afinal os errados são os outros e que a gestão da Autarquia está bem entregue, então, meus amigos, estamos lançados aos bichos!

Cada Pontessorense tem a palavra!!

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Vamos ter mais 4 anos de Sócrates!!!






sábado, 26 de setembro de 2009

Espaço de Serviço Público

O Papagaio Daltónico anuncia aos seus leitores que, no âmbito do

Dia De Reflexão Antes Das Eleições Onde Esperamos Que O Sócrates Vá Dar Uma Volta,

resolveu ajudar todo o país a entrar numa onde de Meditação (transcendental, zen, metafísica...) e deliciá-los com algumas fotos que possam, de qualquer modo, evitar que pensem em eleições, partidos, sondagens, Louçã, Sócrates, Ferreira Leite, Jerónimo, Portas, Pinto (ups! desculpem, este é só daqui a quinze dias...), etc.



















Para terminar, eis aqui os resultados das últimas sondagens Papagaio Daltónico/Faculdade de Ciências Ocultas e Letras Apagadas:

Associação Musical dos Filhos da Pauta: 27%
Grupo Desportivo «Os Barrigas de Freira»: 16,4%
PTP (Partido Tomunista Português): 9%
Bloco da Direita: 34%
POUS, POUS, J.Pimenta: 23%
Indecisos: 123%
Brancos: 13%
Amarelos: 21%
Aos Quadradinhos: 5%

Para aqueles que não gostaram destas sondagens, só têm um remédio: (e esta agora é a sério)

Próximo Domingo, que ninguém fique em casa!

Que a vossa memória não seja curta!

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quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A Ilusão Alemã

Nos idos de Abril de 2006, tive a oportunidade de, ao abrigo do Projecto Comenius, participar num projecto europeu que englobava a visita de alunos portugueses à Alemanha.

Porta de Brandemburgo, Berlim

Grupos de professores de toda a Europa (Portugal, Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega, Itália...) participaram em várias actividades de índole cultural e escolar, levando alunos até à Alemanha, onde ficaram hospedados em casas de famílias de jovens da mesma idade.

O nosso objectivo final foi Weisswasser, que fica a cerca de 20 km da fronteira polaca, portanto dentro da antiga Republica Democrática Alemã.


Weisswasser
é uma pequena cidade que me faz lembrar em tudo a nossa Marinha Grande. A sua principal actividade é toda ela relacionada com o vidro e o seu relevo é plano. Tal qual a Marinha.


Weisswasser era, nos tempos aureos da RDA, a capital do vidro!


Na visita que fizemos à Câmara Municipal de Weisswasser, o Presidente Hartwig Rauh lamentou-se da crise que assolara a sua cidade, onde, de cerca de uma dezena de fábricas relacionadas com o fabrico de garrafas e outros artigos em vidro, somente uma sobreviver, dedicando-se ao fabrico de copos e artigos de decoração. Tal qual a Marinha!

Devido ao fluxo de mão de obra que chegara a Weisswasser, houve a necessidade de se construir um bairro enorme, de morfologia... soviética, se é que me estão a perceber: caixotes quadradões, mas com boas condições de habitabilidade.

Com a queda do Muro de Berlim e, por consequência, a reunificação alemã, houve uma perda de importância da industria vidreira e Weisswasser conheceu uma debandada de gente, que resolveu perseguiu o sonho do El-Dorado na antiga vizinha Alemanha Federal, uma vez que o Muro fora abaixo.

O bairro ficou vazio (vazio é mesmo o termo) e o Burgermeister Hartwig Rauh encontrava-se a tratar dos preparativos para demolir todo o bairro, aproveitando o espaço para criar um jardim. Uma atitude tão corajosa, como necessária.

E uma visita pela cidade mostrava mesmo isso: mesmo com a queda do Muro de Berlim, mesmo com a criação de uma Alemanha única, ainda encontramos duas Alemanhas bem distintas. A irmã pobre, a Alemanha de Leste, a viver com subsídios e pouco investimento, e a irmã rica e poderosa, a Alemanha Ocidental, com a sua Berlim reconstruída, modernaça, poderosa, esperando o evento que iria marcar todo o Verão: o Campeonato Mundial de Futebol.

Ainda sobre Weisswasser, depois do vidro, a cidade está agora a virar-se para a extracção mineira de carvão de superfície, aposta essa que está a começar a dar os seus frutos.

Extracção de carvão de Boxberg, perto de Weisswasser

O cuidado com o ambiente é constante e é agradável constatar que, após a extracção do minério, as escavações são novamente tapadas, criando-se jardins artificiais. Artificiais, é certo, mas com algum cuidado e preocupação em dotar uma paisagem feia com alguma beleza.

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